Lá fora uma multidão avassaladora de carros, correria, impaciência...
Aqui dentro um misto de tristeza e recolhimento, reflexos da sua ausência...
Você foi embora, sem a menor rogativa, fechou as portas do coração sem olhar para trás...
Eu fiquei perdida, como quem vaga no cais das emoções infortunas...
O cotidiano não anda facilitando as coisas pra mim, esse vai e vem de pessoas, traz e leva emoções...
É no meio desses turbilhões de sentimentos, que me amedronto, te busco.. Não te encontro!
A dor continua aqui, insana... latente!
Você foi meu amor mais impaciente, a volúpia das minhas devassidões, meu Porto nos momentos de fraqueza!
Saio de minha reclusão, como quem bucal resposta... É atormentador!
Nenhum barulho me incomoda mais do que o silêncio da sua partida!
Tento soar destemida... vacilo, sou peça lapidada de amor e sofrimento!
E no auge de todo o meu tormento, te vejo passar numa esquina qualquer, sorridente, livre e com aquele velho boné!
As emoções explodem em meu peito, a ferida sangra ardente.
Recolho meus anseios de mulher sorridente, e torno a perceber que meu amante mais valioso tomou rumou o rumo desastroso contra a minha direção!
Nenhum comentário:
Postar um comentário