terça-feira, 31 de outubro de 2017

Rua

Lá fora uma multidão avassaladora de carros, correria, impaciência...

Aqui dentro um misto de tristeza e recolhimento, reflexos da sua ausência...

Você foi embora, sem a menor rogativa, fechou as portas do coração sem olhar para trás...

Eu fiquei perdida, como quem vaga no cais das emoções infortunas...

O cotidiano não anda facilitando as coisas pra mim, esse vai e vem de pessoas, traz e leva emoções...

É no meio desses turbilhões de sentimentos, que me amedronto, te busco..  Não te encontro!

A dor continua aqui, insana... latente!

Você foi meu amor mais impaciente, a volúpia das minhas devassidões, meu Porto nos momentos de fraqueza!

Saio de minha reclusão, como quem bucal resposta... É atormentador!

Nenhum barulho me incomoda mais do que o silêncio da sua partida!

Tento soar destemida... vacilo, sou peça lapidada de amor e sofrimento!

E no auge de todo o meu tormento, te vejo passar numa esquina qualquer, sorridente, livre e com aquele velho boné!

As emoções explodem em meu peito, a ferida sangra ardente.

Recolho meus anseios de mulher sorridente, e torno a perceber que meu amante mais valioso tomou rumou o rumo desastroso contra a minha direção!

Nenhum comentário:

Postar um comentário