Diálogos Incríveis

Um dia...
Um medo...
Uma conversa...
Lágrimas no olhar!

Duas almas marcadas pela dor,
Dois sorrisos no mundo,
Duas almas silenciosas,
Dois olhares falantes.

Num misto de ternura, colos e conexões,
As pequenas almas morenas em peles e olhares, conectavam - se parar gritar ao mundo suas lembranças sofridas,
Antes só, agora agradeciam por estarem reunidas, uma no abraço reconfortante da outra.

E o mundo como quem implora por passagem e carinho,
Girava ao redor daqueles dois seres pequenininhos,
Clamava pela compreensão que traziam consigo no olhar.

E dentro de um abraço único, sem renúncias e sem fraquejar,
Mãe e Filha, donas de si, dialogaram o amor,
Aquele diálogo poderia ser silencioso, mas se tornava ensurdecedor...
Porque elas partilhavam o esplendor de um amor acolhedor!

Sintoma: Saudade!

Agradecer, deveria ser tarefa diária, mas as viradas de ciclos fazem a gente refletir mais que o normal; parei olhando a lua, para agradecer as duas mil e dezessete coisas incríveis que surgiram nos 365 dias do meu livro 22 da vida, quantos agradecimentos, eu diria.

Com olhos inundados, agradeci a graça da vida, do respirar, do sorrir, do amar e do ser, do ser criança vivendo nesse mundo de cão. Agradeci as conquistas, os louros, mas, também, os aprendizados que vieram através das derrotas; esse fazem de mim, de ti, de nós, vencedores através do aprendizado, coroados de sabedoria.

Uma infinidade de lágrimas percorre meu rosto, lembro de feições que passaram, que ficaram e que foram, lembro de carinhos e sorrisos... incontáveis! Sorrio, e peço luz, nada melhor e mais virtuoso do que iluminar os caminhos que cruzam com os nossos.

Percorro a sobrancelha com os dedos e balbucio um "obrigada", lembrando daqueles que me trouxeram ao mundo; o sentimento é de gratidão e alívio, por eles permanecerem aqui, tão perto e tão presentes. Nada, é mais valioso, que essas duas vidas, que impulsionam a minha, desde 1995. Aproveito e agradeço por outras vidas que estes também trouxeram, elas também são importantes pra mim.

Então, apego - me a gargalhadas, lembrando dos amigos, e como não ser grata por eles, também? Afinal de contas, as batalhas do dia a dia, tem sido travadas e vencidas em conjunto, onde eu e eles estamos lado a lado.

Por fim, com o coração apertado, e lágrimas incessantes, agradeço pela vida de uma filha, nascida de coração, não menos minha por isso. Olho pra lua e ela sorri como quem confirma a minha maternidade, e toda majestosa e repleta de serenidade, confessa a mim que também iluminará os caminhos de minha pequena, trazendo à mim uma sensação plena de amor e de cuidado. E como quem não sabe agradecer, cerro os olhos e abro os lábios, ditando à vida: "Obrigada por confiar em mim!", percebo o coração pulsar mais forte e entendo, enfim, que aquele pequeno agradecimento é carregado de um único sentimento... saudade!