sábado, 30 de dezembro de 2017

Formas do Amor

Amar é se preencher de coisas inexplicáveis, e você não precisa necessariamente viver muitos amores por aí, se os que você vivenciou foram intensos, plausíveis e verdadeiros, pelo menor número que tenham sido... já valeu a pena. Porque é imergir no desconhecido, banhando-se dos infinitos sabores que a leveza do amar traz, há quem diga que o amor é doce, quem diga que é azedo, mas, o agridoce, o misto da acidez e da doçura é que fazem do amar essa delícia.

Nas, suas múltiplas formas, o amor se faz possível em todos os contextos, cabendo aos novos, aos mais experientes, sendo uma via de mão dupla, porque o que vale é o dividir, o aventurar-se, e não a unilateralidade; quem ama só, está só, e não experimentando o calor que enaltece o coração, daqueles que amam sem medida. Equivocado, eu diria, porque quando se ama só, ama-se a si mesmo, suas próprias virtudes, suas convicções, o ser humano que te tornastes, e aí, não é unilateral, é amor próprio.

Viajamos o mundo do amor, conhecendo-o desde o nosso nascimento, amor paternal, amor que consola, que dá a vida, que briga e que cuida; dizem eles, os pais, que é amor mais verdadeiro, mais puro e mais fiel, quem somos nós pobres filhos para questionar, afinal de contas: "Quando você for pai/mãe, vai entender o que estou falando!", ousam dizer aqueles que são nossos genitores. Com o passar dos anos, conhecemos o amor de irmandade, aqueles com os quais temos que aprender a dividir os quartos, os colos dos pais, mas, por quem daríamos a vida se fosse necessário. 

Quando criamos nossa própria independência, deixamos de experimentar apenas os amores familiares, encontramos aliados pela vida, onde descobrimos o amor amigo, aquele amor que sorri e que chora com a gente, que pisa na bola, que puxa orelha, mas que é apoio, companhia e gargalhada num fim de tarde olhando o mar. E depois disso, você vai crescer e se aventurar, descobrindo o amor de amor, onde um coração desconhecido aparece pra completar o seu, seja nos pequenos gestos, no jeito parecido ou nas declarações de beijos apaixonados.

E quando menos se esperar, pai você vai se tornar, encontrando razão naquilo que os seus pais diziam, descobrirá o amor de filho, será capaz de amar grandiosamente um pequeno ser; querendo sempre cuidar e proteger, tentando apaziguar as afrontas desse mundo de cão. Porque esse serzinho será seu ponto de luz no meio de qualquer escuridão.

A partir daí, você se dará conta que crescer é se doar e amadurecer. Mas, acima de tudo, é experimentar fases do amor, decifrando cada um com seu próprio sabor, compreendendo que vida sempre fará mais sentido quando o seu coração estiver realmente preenchido do amor livre, verdadeiro e desmedido. Vai ser capaz de olhar para o Céu e agradecer, porque não precisará explicar e nem entender, apenas sentir quando o amor fala ao coração. 

                                               Resultado de imagem para amor

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Livro da Vida

 A gente vive por aí, desajustando os nós das gravatas, buscando calmaria no meio da tempestade da vida, e nem sempre a gente encontra paz... as vezes, é no furacão que a gente se depara com as soluções. Sabe, realidade através do choque?

Quando menos se espera, esbarramos num desconhecido, um sorriso, um olhar, uma trombada de ombros... aí, as cartas já estão marcadas, os laços selados e é onde surgem os amores, uns de amigos, outros de irmãos, e alguns de amores arrebatadores, intensos e vívidos que vem para preencher o coração. A partir daí não tem mais jeito, é a vida dizendo a que veio, dando sentido aos corações antes vazios, aos sentimentos arredios, as felicidades que antes eram incompletas.

Nesse jogo de se perder e se achar, o que vale é o desabrochar dos sentimentos, é o compreender da vida, é o velho "encaixe de quebra-cabeças". Porque estamos acostumados às normalidade, e quando algo foge dos nossos contextos, quando o "script" não revela as surpresas que nos estão reservadas, elas chegam de forma arrebatadora e transbordam emoções.

A vida, sem dúvidas, é um imenso livro "multigênero" vamos do drama à comédia, num vai e vem harmonioso de ganhos e perdas. O mais importante é que cada livro, conta muito mais que uma história, é sempre mais que uma narrativa, que um eu lírico, que um papel repleto de linhas escritas, as entrelinhas são banhadas de conexões e significados, armazenadas das certezas achadas em cada leitura, em cada momento, onde está o sabor de cada palavra mastigada e deglutida.

No livro da vida, as conexões são os caminhos cruzados, os significados os amores achados e as palavras, as palavras são elas mesmas, as que ficaram por ser ditas e as que fizemos questão de entoar. 

No livro da vida, somos narradores dos nossos próprios erros e acertos; pairando entre luz e escuridão, mas sempre buscando a perfeição.

No livro da vida, vivemos vagantes, desarrochando as gravatas, mas carregados de esperança no olhar.

No livro da vida, damos passadas largas, mas uma por vez, buscando sempre escrever uma palavra por vez, almejando esbarrar com amores que preencham nossas felicidades até então... incompletas.

                                          Rosa, Livro, Velho Livro, Flor, Rosenblatt, Usado


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Sentimentos

Tem coisas na vida que nós não controlamos quando irão acontecer, seja a chegada de um amor, um abraço sincero, um sorriso de um filho... seja o turbilhão de sentimentos que a vida nos proporciona. Eles simplesmente chegam, se apresentam e se dispõem a estar lá, para serem usados.

O que mais marca nessa imensidão de pessoas corridas, nessa massa de gente muito ocupada e cheia de atribulações, é a falta de amor, mesmo que ele esteja lá, disposto a ser usado. Os afazeres rotineiros, a correria contra o ponteiro do relógio, o cansaço e a frustração que muitas vezes nos tomam o corpo, não permitem que usemos o nosso arsenal mágico de sentimentos, e ficamos ali, procrastinando, inertes às emoções e à vida.

Costumam dizer que a felicidade é uma conta bancária cheia, um bom emprego, uma boa casa e um carro do ano na garagem; fora dos contextos que sou, acredito que a felicidade é uma mesa rodeada de amigos e bom papo, o abraço sincero e reconfortante dos pais, a sinceridade do amor dos filhos e relações repletas de compreensão e sabedoria, e sabe por quê? Porque tudo isso usa os sentimentos verdadeiros, e não a insegurança e os egos feridos das lutas por lugares ao sol.

O poder do eu te amo, de olhares sinceros, de sorrisos repletos de gratidão e de abraços que são colo e compreensão, são presentes preciosos, que podem ser ofertados por nós ou  nós, sem necessitar de uma retribuição imediata, e o melhor de tudo... NÃO CUSTA NADA!

E se mesmo assim, você insistir em guardar seu arsenal mágico dos sentimentos, se preferir se trancar aí dentro, e não souber dividir e ser afagado. Saiba, em algum lugar um coração carinhoso e muito transformado, encontrará o seu, para doar o sentimento precisado, sabendo dizer no momento certo o "Eu te amo!", que resgata, salva e te faz ficar aliviado.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Auto Cura

Ah meu amor, as vezes estar recolhido dentro de nós mesmos é a melhor conversa do mundo. Sabe, aquela prosa de fim de tarde tomando um café e comendo broa de milho?
As vezes pra se achar ou se reencontrar quando algo nos afeta, o barulho do silêncio que nós mesmos produzimos é o maior eco de consolo e acolhimento.

Porque o encontro aqui dentro é a verdade mais plena que você proclama, é o sussurro do "Está tudo bem!" que mais fala ao nosso coração, e nunca deixa a solidão das tempestades de lembranças fazerem moradas amedrontadoras. O se auto consolar é mais que escutar a voz interior, e reconhecer na própria dor a fortaleza de emoções que nós somos capazes de carregar.
E, na insanidade do que foi e faz questão de voltar, descobrimos ser capazes da nossa auto cura. Sem precisar nos afundar nas profundezas da amargura, alcançamos a harmonia de consciências tranquilas, que souberam se aprofundar em todas as experiências vividas, mas também superar os desafios das partidas.
  
Então, minha coisinha pequena, enfrenta o seu momento quieta e tranquila, o mundo entenderá se estiver recolhida. E o amor do Universo chegará até você, como tiver de chegar...

domingo, 3 de dezembro de 2017

Colorido do Amor

E quando se experimentar a sensação de amar, tudo vai deixar de fazer sentido, porque o sentimento é tão vivido, que só bastarão as poesias de amor. No fundo, todo o descolorido ganhará vida, e você enxergará no horizonte a pureza do azul do céu quando encontra o límpido verde - azulado do mar; porque é sobre se encontrar, se perder e se reencaixar nas entranhas vorazes da paixão.

A maestria nobre e atormentadora de toda e qualquer desilusão abrirá espaço,  para a entrada triunfal das companhias de dias chuvosos, porque o sorriso do amor desamarra o ódio, limpa a frieza impiedosa do estar sozinho. É que ele chega assim manso, bem devagarinho, abre a porta com voracidade e assenta o corpo rico de curvas ensolaradas. E não adianta se negar a sorrir com ele, a deixar soar as boas gargalhadas, porque não sai com facilidade, há nele uma certa esperança e sororidade que simplesmente sabem ser.

O reinventar de amar, é saber doar, ceder, também é chorar e sofrer, mas é muito mais brisa leve cercada de sorrisos bobos, do que o amedrontar do vazio de corações tolos. Amor é sol, mas também é ventania, coisa simples mas de uma imensidão incontável de prazeres arrepiantes. Mas, o colorido do amor com seu tom vermelho brilhante é o que ofusca o opaco do descolorido daqueles que nunca souberam ser amantes.