Quis me despir dos dias ruins, dos momentos mal vividos, de amores mal compreendidos, da solidão dos pensamentos de dias chuvosos.
Galgar colheitas boas, aprendizados indolores e colecionar conquistas memoráveis, são melhores formas de aprendizados do que a dor.
Empalideci, ao perceber que as vitórias não conquistadas eram grandes fontes de conhecimentos.
Estremeci, ao me deparar com quadros de dor e sofrimentos em telas pintadas à mão, por artista da própria vida, donos de sua própria vontade.
Relutei, para acreditar que os momentos de opressão da nossa própria vicissitude, eram na verdade batalhas de fortalecimento.
Tentei desviar os caminhos, reparar arestas, andar na contra-mão... A ideia sempre foi validar as fortunas do sucesso e não os aprendizados do insucesso.
Cansei, de nadar numa contra corrente pelo mar revolto da vida, porque na liberdade da tristeza é que vi grandes homens se fortificando.
Sou destemida, enfrento agora minhas amarras, mesmo que não saiba lhe dar com palavras de agonia e sofreguidão.
Encorajo - me a aceitar as dores como chegam até mim, porque no ínfimo das tristezas que chegam até o fim é que encontro o conhecimento verdadeiro da vida.
Vida leve,
Vida ancorada,
Brisa entregue,
Brisa amparada!
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