segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Insensatez

Acuada num canto escuro do quarto, minhas lágrimas rolam com as lembranças de nós dois. E que lembranças atordoadoras, que me causam repulsa até dos momentos que foram íntimos, pulsantes e me causaram arrepios de amor. Talvez seja porque agora, não tenha mais o teu corpo vibrante colado ao meu, teu cheiro que era único e a pele morena que se misturava com a meu tom despigmentado.

Tentei guardar os seus sorrisos como a marca da nossa paixão, o teu beijo como a sensação mais inebriante e o seu toque como a forma mais tênue de me provocar calor. Você me aqueceu nos teus braços pouco musculosos e fez de mim mulher na inquietude de nossa embriaguez. E como era bom, simples e intenso te amar, porque você sabia me decifrar nas minhas entrelinhas mais complexas.

O tom da sua voz não vibra mais ao pé do meu ouvido, e a solidão ainda está aqui mesmo que eu busque outros tons pra cantarolar os versos que jamais deixarão de ser seus. O teu abraço que era o melhor conforto, foi embora pra nunca mais voltar, porque por mais que nos abracemos como "amigos", era a certeza de te ter pra mim que fazia me sentir acolhida... e agora restam brisas a tocar minha pele numa sinfonia de consolo.

Eu tentei reconhecer você na escuridão, mas o destino quis que tu fostes embora, e agora eu soluço a tristeza das minha próprias emoções incompreendidas. Quisera eu por um instante poder tornar aos momentos felizes, ao risos soltos de alegria, as conversas repletas de verdade e aos olhares que diziam que era AMOR.

Você foi o maior caso de insensatez que que gostaria de reviver por uma, duas, centenas de vezes, simplesmente porque nossos corpos nos levavam ao âmago da loucura. Refaço minha pose singela, pinto de vermelho os lábios que eram teus e sigo a beijar outras bocas e a deliciar-me em outros braços, para preencher esse vazio que fica aqui com a dúvida se você realmente me mereceu algum dia.

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domingo, 29 de janeiro de 2017

APRENDI


Aprendi com a vida que sorrir vence barreiras, afaga as decepções e é o melhor remédio.

Aprendi com a vida que amar o próximo é importante, mas você precisa se amar também.

Aprendi com a vida que os fracassos, as vezes, acontecem nos momentos certo e com um propósito.

Aprendi com a vida que os imprevisto, muitas das vezes são surpresas agradáveis.

Aprendi com a vida que certos amigos, mesmo distantes, sempre estarão presentes.

Aprendi com a vida que bronca de pai/mãe é pura proteção, mesmo que a gente não goste.

Aprendi com a vida que as partidas são difíceis, mas que depois da dor fica uma saudade gostosa.

Aprendi com a vida que sempre se pode superar obstáculos, que força de vontade é fundamental.

Aprendi com a vida que os amores vem e vão, mas sempre fica alguma coisa boa.

Aprendi com a vida que desconstruir opinião pode ser bom, e isso não te faz um perdedor.

Aprendi com a vida que agradecer está mais ligado à sabedoria, humildade e respeito, do que com obrigação.

Aprendi com a vida que um abraço pode mudar a vida de alguém, já abraçou alguém hoje?

Aprendi com a vida que preconceito é uma coisa idiota, diversidade está na nossa alma.

Aprendi com a vida que padrões são ridículos, o que importa é ser você 💗

Aprendi com a vida que aparência não te traz nada, do que adianta estar vazio por dentro?

Aprendi com a vida que falar alivia as dores da alma, já dividiu com alguém hoje?

Aprendi com a vida que irmão de salgue são presentes, e os de alma... também são!

Aprendi com a vida que o planeta é a minha casa, e que zelar por ele é respeitoso.

Aprendi com a vida que posso ser o que quiser, porque somos capazes de tudo!!!

E você, já se deu conta do quanto é incrível? Do quanto pode aprender com a vida?
Não deixa o que está te sufocando... ser mais forte que a tua voz!
Vença seus medos!
Acredite nos seus ideais!
Nunca perca a fé!
E não tenha dúvida... com certeza, VOCÊ é ESPECIAL na vida de alguém!

                                           Resultado de imagem para você pode ser o que você quiser

sábado, 28 de janeiro de 2017

Relaxa e Goza

Nossos corpos selvagens pulsam o desejo da libertinagem,
Cavalgam nu's num ritmo acelerado que se confunde com a brisa quente da floresta.
Olho-te nos olhos e imploro pelo teu líquido quente,
Tu é meu tesão mais envolvente,
A sina da minha devassidão.

Perco-me nas arestas dos teus beijos,
Sufoco com as investidas do teu corpo,
Grito feito fera que anseia por calor,
E tudo que tenho é o teu amor.

Desdobro-me sobre teu corpo,
Inverto as posições,
Assumo as consequências de ser esta loba,
Quero nosso sexo mais voluptuoso...

E no meio de galhos e animais,
Na clareira que rodeia nossos corpos,
Desejo que sejamos um,
Um corpo no outro,
Um gosto intenso,
Um misto de relaxamento e gozo!


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Quando o Corpo Fala

Toque suave,
Pele na pele,
Corpos que arfam,
Desejo que pulsa!

Cabelos entrelaçados aos dedos,
O suor se mistura ao teu cheiro inebriante,
Não posso resistir,
E me perco no caminho do teu corpo, tocando tua pele com meus lábios!

Na mistura de desejo e fantasia, que laça nossos corpos... sou tua,
Faço-me tua porque sou dona de mim,
É assim, inexplicável... sou devota do meu desejo!

Força bruta, não me impede,
Meu doce veneno, amarga mais que fel,
Te inebrio com meu mel,
Pra adoçar nossa cama!

E no final do gozo de nosso desejo... delicio-me,
Faço-te perceber que sou o erro mais acertado,
Levo-te ao inferno, porque o calor nos convém,
E tu passas a perceber que o domínio é meu, o meu domínio de MULHER!




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Fartura da Colheita

Os dias de colheita eram regados de alegria e amor, porque eram momentos em que todos se reuniam para brindar mais uma safra farta que sempre rendia boas roupas e aquele almoço espetacular no último dia. Ali havia a certeza de que todo o Algodoeiro florescia e crescia regado por amor e adubado com muita felicidade.

Como de costume, Catarina calçava seus pares de botinas marrons, estas eram sempre usadas nos dias de colheita, ano, após ano; segundo ela traziam sorte e bons ventos. A mulher incansável que acompanhava tudo de olhos atentos e sorriso no rosto, sempre pensava o quanto cada floco de algodão era bem vindo e aceito, seu destino era certeiro e as mãos de Catarina arfavam ansiosas para costurar dezenas de roupas para cada um dos seus "filhos de luz", como gostava de chamar os pequeninos.

Antes de qualquer coisa, todos se reuniam ao redor do campo repleto de algodão, Eduardo e Catarina fizeram de seu ritual... o AGRADECIMENTO. Todos davam as mãos, fechavam os olhos, e gritavam o obrigado mais acolhedor que Deus ou qualquer outra Criatura Divina pudesse e gostaria de ouvir. Afinal de contas, como eles sempre diziam: "Se recebes algo, o mínimo que podes fazer é sorrir e agradecer!"; e eles o faziam, talvez fosse esta a receita do sucesso daquelas colheitas  tão fartas a cada ano.

O último dia era cercado de expectativas e repleto de alegria, o almoço farto e os sorrisos largados pela velha Casa de Madeira, deixavam no ar um clima de harmonia e paz. Ao final do dia Eduardo costumava sentar em sua cadeira, na varanda, e observar o pôr no sol, era seu momento de inquietude maior, porque nunca se sabia como seria o próximo ano. De jeito meigo, e voz calma, Catarina colocava-se a cantar: 

" E o fim... não é agora!
  Segura a minha mão, e deixa o vento... levar o mal!
  E as aves, amor... sempre ão de voltar.
  Não tenha o medo do escuro... SOMOS A LUZ!
  O nosso amor é mais forte que todo o ouro.
  Nenhuma pedra, nos destruirá.
  Amor... VIVA!
  Os pássaros ão de voltar... Pés na terra, medo de andar!
  A insegurança está aqui... mas, não tenha medo meu amor!
  Os pássaro... ão de voltar!".

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Lágrimas de Catarina


No peito dela soluçava a dor da perda, o desespero sucumbia-lhe a alma!
O que faria sem o amado? Por que tamanho sofrimento? Era o preço a se pagar por escolher amar intensamente?

Em meio ao caos da perda, tomou as mãos de seu amado e levou-as ao rosto, essa era a forma mais tênue de afagar o corpo que, agora, permanecia frio e inerte ao seu toque. Com lágrimas nos olhos, Catarina, num ímpeto de dor e sofrimento dizia-lhe: “Perdão, perdão, perdão... por não ter impedido que te levassem de mim!”.

O desespero fez morada naquela velha Casa de Madeira, todas as crianças que eles abrigavam com bondade e amor, soluçavam a dor de Catarina, e rogavam a Deus que Eduardo voltasse ao cunho daquele lar. O tempo... que é o senhor de tudo, decidiu que já era tarde demais para suplicar por um filete de VIDA!

Assim passaram-se dias, semanas, meses... a mulher brava e guerrilheira, entregou-se à tristeza e ao amargor, quisera ela poder olhar nos olhos vivos e se afundar no sorriso expressivo que Eduardo, que só o seu Eduardo tinha. Mas, o destino reservou-lhe a surpresa que habitava seu ventre... onde abrigou-se Giovana, que agora era sinônimo de amor, o amor que brotava dos mais belos momentos vividos por Catarina e Eduardo!

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Casa de Madeira


Olhos que se entreolharam, sorrisos que se reconheceram, almas que talvez já estivessem unidas há milênios.

Eduardo encontrou em Catarina o que esperava de uma mulher... a bravura. Pra ele, a pele alva, os longos e belos cabelos amarrados numa presilha de borboletas e a sinceridade que ela carregava nos olhos, eram apenas a armadura doce de uma mulher que tinha a bravura de um leão.
Catarina era cheia de si, uma poesia com estrofes desarranjadas, e a beleza mais estonteante que pairava no meio de um jardim com rosas. Seu instinto de guerreira encontro em Eduardo a docilidade jamais vista em um homem, um Dom Juan do século XX, que escondia por trás da pose firme a leveza de um homem que só sabia AMAR.

Aquele 23 de novembro de 1912 foi incomum, ambos resolveram cavalgar, algo pelo qual tinham paixão. Encontraram-se a beira de um lago, cercados de flores das árvores da caatinga que frutificavam, e naquele momento olhos se entreolharam, sorrisos se reconheceram e almas se conectaram, porque talvez, elas já estivessem unidas há milênios.

                              

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