sábado, 15 de abril de 2017

Reclusão

Reclusa em mim, buscando por sentimentos e palavras que descrevam a associação entre partida e sofrimento,  sofrimento e partida. Porque perder é dolorido, e quando a ferida da perda é constantemente tocada seu tom sangrante vibra trazendo a solidão.

Não quero derramar lágrimas infundadas das minhas fraquezas, e nem suplicar o grito da frieza de sentimentos, porque aprender a lhe dar com o inesperado é tarefa do SER, do ESTAR... do AMAR!

Você se foi, virando as costas pra nunca mais voltar, como alguém que sai na calada da noite pra não prestar contas dos seus atos obscuros, e tudo que fica é ausência, é frustração!

Arrumo minha mala de esperança buscando a serenidade da criança que habita em mim, a criança que insiste em acreditar que é apenas um "Até breve!". Mas, não, essa partida tem um fim, marcado pelo ponto final de nossas palavras!

Reclusa nos meus devaneios, converso contigo meio que sublinarmente, de um jeito até inconveniente pra te reafirmar quem sou. Reparo as arestas que ficaram por se acertar e lanço o fel da minha segurança sobre ti, mostrando que sou meu próprio alicerce, minha auto suficiência de mulher, brava e forte!

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