sábado, 4 de novembro de 2017

Páginas

Tem dia que o mundo tá batendo na nossa porta, com pressa, afoito. Não pede licença, sai entrando e atropelando nossas convicções, nossas fortalezas, as  vezes nos leva a desacreditar em nossa própria fé, perder aquele alicerce espiritual.

O mundo é voraz, e sem meio termo, tem um potencial destruidor de paz, tira o sono, desespera corações. E nem quando nos afundamos em orações, parecemos conseguir carregar o fardo pesado que é viver. E viver sem temer é a mais alucinante viagem, as vezes parece um paraíso sem volta, como se fosse a morte nos tirando do mundo do caos.

Nossos espelhos refletem as amarguras que rolam pelos nossos rostos, lágrimas crucificantes de tensão. Porque parecer fraco, sem razão e direção é muito atormentador. E parece que a vida vai perdendo cada vez mais o sabor, o brilho... O calor.

Mas, como o soluço de um novo prantar a vida entra na sala, nos fulmina com seu olhar e insiste lembrar... que sempre existirá uma nova página, um recomeço, uma infinidade de linhas a serem preenchidas pelas vírgulas da continuidade e não com a solidão de pontos finais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário