segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Almas Vibrantes

Por muito tempo guardei as dores aqui dentro, não que nunca houvesse alguém por perto pra me ofertar acalento, mas porque calar dores sempre foi mais fácil do que se explicar e dividir com alguém. E de repente, o Universo que acha aquilo martirizador, nos completa com uma dose de amor, de almas que compreendem as nossas.

Você insiste em resistir, simplesmente porque acha que o dividir, traz a outrém doses pesadas de palavras em descarrego. Não compreende a imensidão do falar, porque nunca enxerga aquilo como um "aliviar", se vê sempre como um poço fundo, onde as amarguras devem permanecer a metros de distância, e quanto mais afundadas... melhor.

Na complexidade do enxergar o próximo, a outra alma vibrante e vigorosa, consegue te decifrar num olhar, e sem nem precisar falar, oferta abraços que acolhem sua dor. E, toda aquela grandeza de guardar o desamor, que se refletia um noites triste de lágrimas impunes do sofrimento, recebem o bálsamo do acalento, de palavras vivas de cordialidade.

Ah, Universo, quanta amabilidade, em trazer pra nós espíritos envoltos de luz e carinho. Porque nós, que sempre vagamos amontoados de desamor e indignados com a insensibilidade mundana, somos preenchidos por esses sorrisos que revigoram as benevolências de nossas almas. 

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