quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Adultização

Hoje sentei com minha xícara de café quente, meia dúzia de reflexões e o peso do mundo batendo sobre os ombros. Crescer não é tarefa fácil, mas amadurecer é fundamental, porque a gente tem outra percepção da vida, agrega conhecimentos e aprende que dividir é necessário.

Talvez nunca digamos tudo o que é essencial, nos fechemos e não saibamos a hora certa de abrir o coração. As vezes a quietude da solidão é a nossa maior aliada, porém a alternativa menos eficaz nesse jogo de ganhar e perder que é a vida.

Muito do que se viveu pode ficar por dizer, podemos soar fortes e imponentes o tempo todo, quando que na verdade um abraço e 5 minutos de cafuné seriam o nosso refúgio dos tormentos nos dias ruins. Podemos até deixar de agradecer por pequenos gestos, porque a correria do sucesso nos cega pras pequenas coisas. E, quantos "eu te amo" ficam trancafiados em nossos corações, porque o medo da não aceitação do nosso amor pelo mundo, pelas pessoas, pelo Universo... fala mais alto.

E, se no meio de todas as amarras que a "adultização" nos proporciona, pudéssemos olharmos uns aos outros e botar pra fora tudo o que fica silenciado dentro do peito. E mais, se pudéssemos nos libertar das correntes e gritar aos amigos o nosso amor, a nossa dor e o quanto eles são primordiais.

No fim, tudo que se tem são pequenas atitudes essenciais, para que nos tornemos adultos mais leves, sorridentes e livres. Porque morar num quarto escuro, tendo que lhe dar com o sofrimento e a "mesmice"... é o pior pesadelo de uma criança adulta que vive nesse mundo de cão! 

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