Eu, lírico de mim.
Que sopro vozes ao vento,
Que experimento doces e venenos,
Que venero dores e amores.
Eu, lírico de mim.
Que canto tons de solidão,
Que enxergo vazios na imensidão,
Que venero o cantar dos pássaros.
Eu, lírico de mim.
Que amei sem ser amado,
Que chorei por ter desgostado,
Que morri sem ter vivido.
Eu, lírico de mim.
Que busco rimas nos versos,
Que faço de mim erros,
Que cavalgo meio a tropeços.
Eu, lírico de mim.
Que afundei nas masmorras de amar,
Que senti o coração pulsar,
Que não consegui o amor calar.
Eu, lírico do mundo.
Que presenciei amores infortunos,
Que vi guerras latentes,
Que sorri com crianças contentes.
Eu, lírico de versos.
Que calei meu âmago com palavras,
Que sorri das histórias mal contadas,
Que sinto esperança nas entrelinhas.
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