quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Encontro de Almas

Numa conexão de sentimentos e sorriso, Eduardo e Catarina se permitiram um beijo longo e intenso, navegaram na vertigem do que lhes causava desejo, e arrepiava-lhes a alma. Eram um só, sem vírgulas ou curvas, eram como uma linha reta que seguia na direção do sonho de amar.

Não sabiam exatamente o por quê, de tudo aquilo ser tão bom e atormentador ao mesmo tempo, mas a sensação do proibido era o que lhes dava mais coragem para se afundarem-se nas suas devassidões. Ele era completamente apaixonada pelo sorriso que ela sempre carregava repleto de mistérios e confusões, e o olhar de observação que só Catarina tinha para as coisas que aconteciam diante de tudo que viviam, era instigante demais pra ele.

Já Catarina, amava o tom do toque delicado que ele tinha, mas o que a deixava intrigada eram as inúmeras formas de reação que ele tinha, Eduardo tinha uma capacidade de ser duro com coisas banais, e leve com coisas que exigiam dureza; pra ele sempre havia uma saída, e nada nunca estava tão perdido... que não houvesse um jeito de melhorar.

Jeitos singulares que de alguma forma se completavam, e se somaram com aquele beijo na imensidão nua que só a floresta tinha, agora o segredo marcada daqueles amantes da vida e das descomplicações era guardado pela revoada dos pássaros e pelos sons das cores que todas as árvores faziam brotar na calada do amor de ambos.

Os pés descalços tocavam a água cristalina e faziam um movimento de vai e vem, os olhos se entreolhavam buscando as certezas e convicções pro que o coração gritava, mas não era capaz de expressar e num instante de descuidado, pegavam-se embaraçados no peito um do outro... recolhendo-se da dor da vida e sendo consolados pelo carinho aquecedor que só aqueles abraços permitiam.

Num misto de vontade, proibição, angústia e certeza, se permitiram deliciar pelo ser mais profundo que o outro tinha, e conheceram a porção mais íntima que cada um podia doar ou mostrar de si, e perceberam que aquilo estava não só ligado à desejo, ou amor... mas, a LEALDADE. E suas almas eram leais a eles, ao outro e a ambos, porque simplesmente... ERAM.

Conjugaram-se na inebriante e viril aventura de amar um ao outro, sem arestas a reparar... somente com sonhos a serem completados. E prometeram-se que se aquilo não fosse pra durar eternamente, que permanecesse o amor que um dia existiu, prometeram-se apenas a amar e a cuidar enquanto ambos pudessem o fazer, sem cobranças, medos ou obrigações, porque o que valia era o sentimento de segurança que um dava ao outro!

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