Rajadas de vento e a brisa leve a tocar - me o rosto...
Sussurros na porta de uma solidão marcada por ausências...
Vasculho o guarda-roupa e percebo que a esperança não mais ali está...
Sofro calada, pela partida do meu amor mais puro!
O vento uiva lá fora, como que se sentisse a dor de minha saudade...
Tento respirar fundo, falho, aqui dentro não há qualquer maturidade...
Encaro - me no espelho, enxergo os reflexos da ida de quem amei...
Calo-me o pranto em solidão e melhor do que falsos amigos!
Abro a pequena caixa de recordações, lá está você...
No papel, rascunhado a pontas finas de lápis 2B, vejo a arte do amor se transformar em poesia...
Tu, insano homem, sempre foi um romântico de nobre maestria...
Suas palavras são marcas profundas que o tempo não é capaz de apagar!
Dobro as cartas, de quem não mais está aqui...
Mas, também me curvo diante da dor da solidão...
Seguro firme, no que resta do meu pequeno coração...
E com as lágrimas de minha lástima tento replantar meu jardim de esperanças!
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