Olhos que se entreolharam, sorrisos que se reconheceram, almas que talvez já estivessem unidas há milênios.
Eduardo encontrou em Catarina o
que esperava de uma mulher... a bravura. Pra ele, a pele alva, os longos e
belos cabelos amarrados numa presilha de borboletas e a sinceridade que ela
carregava nos olhos, eram apenas a armadura doce de uma mulher que tinha a
bravura de um leão.
Catarina era cheia de si, uma
poesia com estrofes desarranjadas, e a beleza mais estonteante que pairava no
meio de um jardim com rosas. Seu instinto de guerreira encontro em Eduardo a
docilidade jamais vista em um homem, um Dom Juan do século XX, que escondia por
trás da pose firme a leveza de um homem que só sabia AMAR.
Aquele 23 de novembro de 1912 foi
incomum, ambos resolveram cavalgar, algo pelo qual tinham paixão.
Encontraram-se a beira de um lago, cercados de flores das árvores da caatinga
que frutificavam, e naquele momento olhos se entreolharam, sorrisos se
reconheceram e almas se conectaram, porque talvez, elas já estivessem unidas há
milênios.

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