sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Casa de Madeira


Olhos que se entreolharam, sorrisos que se reconheceram, almas que talvez já estivessem unidas há milênios.

Eduardo encontrou em Catarina o que esperava de uma mulher... a bravura. Pra ele, a pele alva, os longos e belos cabelos amarrados numa presilha de borboletas e a sinceridade que ela carregava nos olhos, eram apenas a armadura doce de uma mulher que tinha a bravura de um leão.
Catarina era cheia de si, uma poesia com estrofes desarranjadas, e a beleza mais estonteante que pairava no meio de um jardim com rosas. Seu instinto de guerreira encontro em Eduardo a docilidade jamais vista em um homem, um Dom Juan do século XX, que escondia por trás da pose firme a leveza de um homem que só sabia AMAR.

Aquele 23 de novembro de 1912 foi incomum, ambos resolveram cavalgar, algo pelo qual tinham paixão. Encontraram-se a beira de um lago, cercados de flores das árvores da caatinga que frutificavam, e naquele momento olhos se entreolharam, sorrisos se reconheceram e almas se conectaram, porque talvez, elas já estivessem unidas há milênios.

                              

                                   Imagem relacionada

Nenhum comentário:

Postar um comentário