A gente vive por aí, desajustando os nós das gravatas, buscando calmaria no meio da tempestade da vida, e nem sempre a gente encontra paz... as vezes, é no furacão que a gente se depara com as soluções. Sabe, realidade através do choque?
Quando menos se espera, esbarramos num desconhecido, um sorriso, um olhar, uma trombada de ombros... aí, as cartas já estão marcadas, os laços selados e é onde surgem os amores, uns de amigos, outros de irmãos, e alguns de amores arrebatadores, intensos e vívidos que vem para preencher o coração. A partir daí não tem mais jeito, é a vida dizendo a que veio, dando sentido aos corações antes vazios, aos sentimentos arredios, as felicidades que antes eram incompletas.
Nesse jogo de se perder e se achar, o que vale é o desabrochar dos sentimentos, é o compreender da vida, é o velho "encaixe de quebra-cabeças". Porque estamos acostumados às normalidade, e quando algo foge dos nossos contextos, quando o "script" não revela as surpresas que nos estão reservadas, elas chegam de forma arrebatadora e transbordam emoções.
A vida, sem dúvidas, é um imenso livro "multigênero" vamos do drama à comédia, num vai e vem harmonioso de ganhos e perdas. O mais importante é que cada livro, conta muito mais que uma história, é sempre mais que uma narrativa, que um eu lírico, que um papel repleto de linhas escritas, as entrelinhas são banhadas de conexões e significados, armazenadas das certezas achadas em cada leitura, em cada momento, onde está o sabor de cada palavra mastigada e deglutida.
No livro da vida, as conexões são os caminhos cruzados, os significados os amores achados e as palavras, as palavras são elas mesmas, as que ficaram por ser ditas e as que fizemos questão de entoar.
No livro da vida, somos narradores dos nossos próprios erros e acertos; pairando entre luz e escuridão, mas sempre buscando a perfeição.
No livro da vida, vivemos vagantes, desarrochando as gravatas, mas carregados de esperança no olhar.
No livro da vida, damos passadas largas, mas uma por vez, buscando sempre escrever uma palavra por vez, almejando esbarrar com amores que preencham nossas felicidades até então... incompletas.

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